No
continente asiático existem
países desenvolvidos, como
Japão,
Israel e parte da
Rússia aí situada, que revelam níveis de prosperidade
econômica e
social comparáveis aos da
Europa ou da
América Anglo-Saxônica.
[39] Essas áreas, entretanto, pouco representam, se comparadas com muitos dos demais países, geralmente bastante pobres e violentamente atingidos pelo
subdesenvolvimento.
[40] Mesmo aqueles exportadores de
petróleo, que tiveram lucros fabulosos a partir do início da
década de 1970, não escapam a essa característica.
Há inúmeros fatores que contribuem para que a Ásia exiba grande atraso e
miséria.
[41] Entre eles, podem ser citados:
Representação das quatro principais castas do
hinduísmo em torno do deus
Ganesha.
- certos valores culturais específicos de alguns países, que de alguma forma inibem a superação de problemas econômicos e sociais. O mais conhecido e de maior extensão é o rígido sistema indiano de castas,[42] pelo qual a sociedade é dividida em camadas, das mais nobres às mais plebéias, não existindo possibilidade de passagem de uma para outra.[43] Embora tenha sido abolido legalmente, esse sistema influencia fortemente a vida dos indianos desde o seu nascimento[43]. Também o fator religioso, através do fatalismo,[44] cria obstáculos a um atendimento social mais amplo, pois estimula a aceitação passiva das más condições de vida, até como uma maneira de aperfeiçoamento espiritual;
- as elevadas taxas de crescimento populacional;
- o analfabetismo muito alto em vários países;
- como em todo o Terceiro Mundo, a existência de companhias estrangeiras que exploram as riquezas naturais de muitos países asiáticos - valendo-se do baixo custo da mão-de-obra -, enviando a maior parte de seus lucros às suas sedes.
Além desses fatores
histórico-
culturais, também os de ordem natural dificultam o
desenvolvimento econômico. O
clima e o
relevo hostis são obstáculos ao aproveitamento
agrícola de vastas extensões localizadas em áreas
montanhosas,
geladas ou
desérticas, limitando as áreas cultiváveis do
continente.
Para se avaliar a grande disparidade de riquezas entre os
países asiáticos, vamos tomar dois exemplos: os países exportadores de
petróleo do
Oriente Médio e o
Japão.
Todo o
Oriente Médio caracteriza-se por apresentar populações extremamente
pobres, em contraste com
elites detentoras de imensas fortunas. A maior riqueza de quase todos os países dessa
região é o
petróleo, responsável nos últimos anos pelo seu rápido enriquecimento.
Entretanto, os tradicionais males do
subdesenvolvimento não foram atenuados: em primeiro lugar, porque esses lucros beneficiam principalmente determinados grupos, e não os
países como um todo; e em segundo, porque boa parte dos rendimentos cabe a poderosas companhias transnacionais
norte-americanas ou
europeias.
O
Japão, por sua vez, sendo um
país capitalista desenvolvido, destaca-se em diversas áreas, sobretudo no
setor industrial, chegando a superar em muitos aspectos as conquistas
norte-americanas e
europeias. Esse grande avanço industrial e tecnológico reflete-se diretamente na
qualidade de vida da
população japonesa, cujo
PIB per capita é bastante alto e o acesso a
moradia,
saúde e
educação de bom nível é indiscriminado